Uns transmitem malária
Outros, outras doenças
Mas há uma política de agrotóxicos pelo ar
Cada inseto tem um neto
Tataraneto de outro inseto
De acordo com uma lei estabelecida
De driblar sempre a morte
Com a vida
Cada neto de outro inseto
Fica mais forte tomando inseticida
Ele havia nascido de um pântano qualquer
Um belo dia pousou em cima das páginas
Do filósofo alemão Nietzsche
Onde o filósofo diz que os fortes
Quando tomam veneno
O veneno só os torna mais fortes
Ah! Olhou para aquela bela lata de DDT à sua frente
E tomou todo seu conteúdo num só gole
Neste dia estouraram-se os neurônios
E eis que nasceu o primeiro Super-Mosquito
De todas as gerações
E ele me manda este recado pra vocês:
Canalhas, seres humanos!
Arrependei-vos!
Vós sereis julgados
Pelo Tribunal Popular da
Frente de Libertação Nacional e Universal
Dos mosquitos sob meu comando
Acusados de massacres, torturas
E cruéis assassinatos
De milhares de bebês-mosquitos
Mulheres-grávidas-mosquitos
Anciãos-mosquitos
Canalhas, arrependei-vos!
É chegada a vigésima-quinta hora
Ouvi falar que uma pulga e um piolho
Estão no mesmo caminho
Cada inseto tem um neto
Tataraneto de outro inseto
De acordo com uma lei estabelecida
De driblar sempre a morte
Com a vida
Cada neto de outro inseto
Fica mais forte tomando inseticida
Mãe! Mãe!
Olha o céu de Araraquara
Tá preto de mosquito!
Eu tô com medo, mãe!
Canalhas, arrependei-vos!
(Tataraneto do Inseto, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, do disco Anti-Maldito, circa1985)
Outros, outras doenças
Mas há uma política de agrotóxicos pelo ar
Cada inseto tem um neto
Tataraneto de outro inseto
De acordo com uma lei estabelecida
De driblar sempre a morte
Com a vida
Cada neto de outro inseto
Fica mais forte tomando inseticida
Ele havia nascido de um pântano qualquer
Um belo dia pousou em cima das páginas
Do filósofo alemão Nietzsche
Onde o filósofo diz que os fortes
Quando tomam veneno
O veneno só os torna mais fortes
Ah! Olhou para aquela bela lata de DDT à sua frente
E tomou todo seu conteúdo num só gole
Neste dia estouraram-se os neurônios
E eis que nasceu o primeiro Super-Mosquito
De todas as gerações
E ele me manda este recado pra vocês:
Canalhas, seres humanos!
Arrependei-vos!
Vós sereis julgados
Pelo Tribunal Popular da
Frente de Libertação Nacional e Universal
Dos mosquitos sob meu comando
Acusados de massacres, torturas
E cruéis assassinatos
De milhares de bebês-mosquitos
Mulheres-grávidas-mosquitos
Anciãos-mosquitos
Canalhas, arrependei-vos!
É chegada a vigésima-quinta hora
Ouvi falar que uma pulga e um piolho
Estão no mesmo caminho
Cada inseto tem um neto
Tataraneto de outro inseto
De acordo com uma lei estabelecida
De driblar sempre a morte
Com a vida
Cada neto de outro inseto
Fica mais forte tomando inseticida
Mãe! Mãe!
Olha o céu de Araraquara
Tá preto de mosquito!
Eu tô com medo, mãe!
Canalhas, arrependei-vos!
(Tataraneto do Inseto, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, do disco Anti-Maldito, circa1985)
6 comentários:
Só faltou o zumbido do violino, a arma atômica do santo guerreiro Jorge.
Sensacionaaaaaaal...
estranhamente bizarro mas pertinente
Nada como perceber que o mundo dá voltas... para tudo ficar exatamente como está... (aliás, piorar, não?).
Pior, Criss,
é que vem por ai, o filho do tataraneto, parrudão e voraz.
bjs
fernando cals
lembrei de 2 coisas:
Newton CRUZ ( o Nini) e não Rezende e que não foi no jornal que vi a letra desta música. Foi aqui mesmo.
Êta, par de neurônios comprometido...
bj
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