
Dizer que era um travecão, seria ofender toda uma classe de transexuais. Estava mais pra um homem vestido de mulher - ombros largos meio peludos, voz grossa, barba feita a gilette. Mas de shorts justinhos, bustier e sandálias, peitos artificiais, o cabelão pintado de acajou e a maquiagem... parecia que o dinheiro para os hormônios ou a disposição necessária para ser - e manter-se! - mulher, haviam se esgotado.
Um ser tão esquisito quanto seu par: um sujeito barbudo com óculos fundo-de-garrafa, que pela aparência poderia bem ser um Testemunha de Jeová tocando bumbo na praça - enfim, estes dois formavam um casal.
Estavam no supermercado, em Copacabana (onde mais?) e ele, todo cavalheiro, pergunta:
- Quer um carrinho?
Ao que ela, toda coquete, responde:
- Quero. Um Astra.
Um comentário:
Crismaiéçiu, cê tá me deçepcionândio! Cê não sábio que çó em cazamêntio guêio êlhos uza rôpa çertínho de ómi e mulhério? O futúrio é dos androgênius!
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