sexta-feira, fevereiro 23, 2007

VALETE PARKING

Def.(Bras., vulg.): empresa possuidora de "licença especial" para estacionar veículos em locais proibidos; bandalha oficial; atividade ilegal, legalmente estabelecida; fonte de renda complementar para guardas municipais e PMs; suposta alternativa à falência para resturantes e lojas de rua; serviço prestado por um desocupado a outro; proprietários autoprocalamados de guias e calçadas; mania de paulista.

ex.: Marcinho V.P.

7 comentários:

Denise S. disse...

Em todo o lugar que se vai tem este raio de valet parking! é a versão oficial do flanelinha, só que sempre deixam o carro suarento, meio fedorento. Éca!

Anônimo disse...

Uma pergunta (e me perdoem se ela soar obtusa, como normalmente sou): qual seria a alternativa? Eu vejo algumas, mas como não tenho nem nunca tive carro, temo não ser qualificado a questionar (até porque, londe de mim defender esse bando de vagabundo e desocupados):
1. Deixar o carro na rua você mesmo;
2. Cada estabelecimento comercial (balada, restaurante, lanchonete, casa de show) ter um estacionamento em terreno próximo (de preferência ao lado, coladinho, para evitar transtornos aos clientes) e com vagas proporcionais à capacidade da casa;
2. Achar um estacionamento próximo e andar alguns quarteirões (mulheres de salto, pensem bem) e na volta andar tudo de novo (provavelmente já tarde da noite, mulheres desacompanhadas ou acompanhadas por homens frouxos pensem bem);
3. Nunca sair de carro e pagar táxi (ou sair cedo pra balada e ir de ônibus e na volta ficar santado na calçada até os ônibus começarem a circular - disso já fiz muito... bem, ainda faço)
4. Contratar uma pessoa de confiança para ficar tomando conta do seu carro sempre que você for sair.

Não sei se ajudei muito.

CrissMyAss disse...

1. Dependendo do horário, esta é a opção mais viável das que você apresentou, desde que por "na rua" entenda-se "uma vaga em local permitido". Nada contra pagar os R$2,00 ao flanelinha que controla legalmente o estacionamento com o tíquete da Prefeitura.
2. O município tem por obrigação (que, parece, nunca é cumprida) efetuar o Estudo de Impacto Ambiental antes de conceder alvarás aos estabelecimentos. A falta de estacionamento numa determinada região causa impacto ambiental com trânsito, barulho, poluição, superpopulação e outros danos.
Os estabelecimentos comerciais não precisariam necessariamente POSSUIR um estacionamento, mas fazer convênios com estacionamentos próximos.
Estabelecimentos com estacionamento poderiam pagar menos taxas, e sempre contam com a preferência da clientela.
A prefeitura só poderia conceder alvará em regiões onde houvesse oferta de estacionamento, público ou privado.
3. Se o estacionamento é próximo, não faz mal caminhar com salto alto.
4. eu e algumas amigas temos sempre um par de tênis, mocassim ou chinelo no carro para certas ocasiões (tipo, vc trabalha o dia todo em obra e no fim do dia tem uma reunião ou evento...)
Poderia existir o Valet-Shoe,onde a pessoa deixa seu sapato (em vez do carro) para caminhar de a para o estacionamento!!!
5. Se o estacionamento for longe ou o caminho perigoso, pode-se pegar um táxi de ou para o estacionamento. Isso não há de custar mais de R$5,00. Em mais de uma pessoa, pode sair praticamente de graça. Já o valet parking não sai por menos de R$8,00.
6. Sair de táxi para lugares onde seja difícil estacionar é uma decisão sábia e até econômica.
7. Finalmente, Rogério, o mais correto seria a continuidade do serviço de Valet Parking, mas com o fim da hipocrisia: Eles tem que guardar seu carro EM ALGUM LUGAR, próprio para essa finalidade, e não pela rua ou em cima das calçadas, sob o olhar complacente dos guardas ou ainda sujeitando o cliente a multas ou outros danos.
8. Ah, sim... e nunca sair com homens frouxos, claro.

CrissMyAss disse...

Denise, uma vez tive meu pneu estepe roubado por (ou sob os cuidados de) um serviço de Valet Parking. Só fui ver quando precisei do pneu. Que tal?

Anônimo disse...

Valet-Shoe foi uma ótima tirada. Quanto a não sair com homem frouxo, acho que deva ser um princípio básico do manual de sobrevivência de vocês mulheres. Sobre o tema central, não quero me estender ou polemizar, mas vou falar do que sei. Trabalhei por dois anos como manobrista de valet na famosa avenida Luis Dumont Villares (ou Avenida Nova, para os da região). Trabalhava à noite e em diversas casas da região. Sim, tinha manobristas e donos de valets picaretas, mas eram a exceção. Sim, alguns paravam na rua, mas outros tinham pátios onde guardar os carros. Sim, havia muita reclamação de objetos subtraídos de dentro dos carros, mas 1/3 era fato, 1/3 era "h" do cliente (dependendo da casa e do tipo de público que a frequentava essa proporção aumentava) e 1/3 era esquecimento e distração do cliente que geralmente encontrava o que procurava na bolsa, debaixo do banco, ou esquecido na mesa do bar ou mesmo em casa. Por fim, embora talvez você e as pessoas com quem você saia sejam conscientes, a maioria não é. O que a maioria dos playboys e vagabas que batem cartão em baladas querem é descer do carro na porta da casa e entrar no carro na porta da casa. Pagam menos pela segurança do carro e mais pelo capricho. Há as exceções, mas são só isso: exceções. E, finalmente, sobre essas reportagens que saem na mídia a cada duas semanas, mostrando manobristas mexendo nos carros ou dirigindo de forma irresponsável. É preciso que se diga que uma equipe às vezes precisa de um mês inteiro tentando a sorte para conseguir uma ou duas imagens dessas e depois as exibem como se fossem resultado de uma única noite. Não estou aqui sendo corporativista com os companheiros que se fodem a madrugada inteira, na chuva ou no frio, por serem fodidos-pé-rapados que, como eu, não conseguem emprego melhor. Mas quis com isso mostrar um pouco o lado de quem está na mira da acusação. E encerro me desculpando cordialmente pela extensão desse comentário. Só mais uma coisa: se o seu carro chegou rápido, em perfeito estado, se você foi bem atendido no valet: dê gorjeta pro pobre do manobra.

CrissMyAss disse...

Rogério, assim como Mr. Pink em "Cães de Aluguel", I'm against tipping.
Brincadeirinha, mas pensa bem: A pesoa já paga os R$8,00 pelo serviço. Ser bem atendido é o mínimo que se espera; o carro voltar rápido e em perfeito estado é apenas obrigação da parte contratada. Já se o carro voltar batido ou com alguma coisa faltando, arranhado ou multado, o que deve ser feito? No mínimo o aborrecimento, trabalho e tempo gasto para entrar na justiça, né?
Se 1/3 dos sumiços de coisas nos carros é fato, acho que já é alarmante.
Ainda bem que não uso este serviço. Mas não pense que se dependesse de mim vc teria passado fome por dois anos... eu contrataria você para ser meu personal poet.
Volte sempre!

Anônimo disse...

Ok, você me derreteu. Vamos mudar de assunto... :-)