quarta-feira, setembro 06, 2006

'BORA BOTAR PRESSÃO, PESSOAL

Hoje é um dia histórico.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, em primeiro turno, a proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto nas votações do Congresso Nacional.
Foram 383 votos favoráveis à PEC e apenas 4 abstenções, sem nenhum voto contrário. Eram necessários 308 votos para que ela fosse aprovada.
A PEC ainda precisa passar por uma segunda votação na Câmara e outras duas no Senado antes de ser promulgada.
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), classificou a aprovação da PEC como uma vitória do Brasil e do povo.
"O brasileiro agora sabe que poderá fiscalizar o voto de cada deputado em todas as votações", disse.
Já o relator da proposta, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), afirmou que a aprovação só foi possível porque houve pressão da opinião pública.
Apesar disso, ele lembrou que a PEC ainda não está aprovada e que a votação em primeiro turno foi apenas um primeiro passo para o fim definitivo dos segredos das votações no Parlamento. "A opinião pública precisa continuar vigilante", alertou Cardozo.
O deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), autor da PEC, também comemorou a vitória desta terça-feira na Câmara.
"A aprovação vai servir para que os eleitores vejam exatamente como se comportam seus representantes (no Congresso). Quando o povo quer a Casa atua", afirmou.
AGORA SÓ FALTA ACABAREM COM O VOTO POPULAR OBRIGATÓRIO, E ISSO AQUI Ô, Ô, VAI ATÉ PARECER UMA DEMOCARACIA!!

17 comentários:

Serjão disse...

Criss my dear
Faca de dois Gumes. Por uma parte é bom, por outra nem tanto. Vai dar mais visibilidade e por causa disso mais cabrestro. Abs

Serjão disse...

Criss my dear
Faca de dois Gumes. Por uma parte é bom, por outra nem tanto. Vai dar mais visibilidade e por causa disso mais cabrestro. Abs

Leandro disse...

Há uma grande vontade nacional em acabar com o voto secreto no Legislativo, sem dúvidas. Mas, acredito que só foi possível uma votação tão expressiva por ser período eleitoral.
Note-se que o processo só vai continuar após as eleições, quando o cenário já estiver definido. Então, não será mais necessário o teatro. Aí vão derrubar a tal PEC ou a mutilarão tanto que ficará inócua. Isso com votação secreta, claro.

Anônimo disse...

Criss, Dia a ser comemorado mesmo! Espero que passe com a mesma folga no Senado
Serjão,de qq forma é melhor que a faca de 4 gumes e 2 pontas do voto secreto. abraços

GUGA ALAYON disse...

ah, crisss, queria dar uma idéia. Vi num blog por aí, que tb estava com moderação ativada, que vc podia ver o comentário que tinha dado e aparecia uma frase dentro do comment que ele estava aguardando aprovação. Achei útil pois às vezes a gente faz um comentário estranho em cima de outro que nem foi aprovado ainda, Bem, isso acontece comigo. bj

Denise S. disse...

Até que enfim fizeram algo de bom, não chegaram a jogar este mandato fora. Pena qu meio tardiamente.

Anônimo disse...

Criss, muito bem. O voto popular obrigatório tem de acabar mesmo. As pessoas que votam por simples obrigação, não contribuem em nada para uma representação popular mais saudável, mais legítima.
E tem de acabar também com o voto secreto no Congresso Nacional. O eleitor tem todo o direito de saber como o seu representante está votando.
Um abraço do
Adelino

Camarada Arcanjo disse...

Criss e gugala,

Na minha opinião os parlamentares são homens públicos que exercem mandatos e cargos públicos, que destinam verbas públicas.

Portanto, nada mais coerente do que ser público suas votações. Eu prefiro o voto aberto.

Mas.. sempre tem um "porém"..

Dizem que o diabo mora nos detalhes. Então vamos entrar em apenas um detalhe, só como ensaio.

Imagine um lei rigorosa de fidelidade partidária que defina que o parlamentar quando sair de um partido não pode se candidatar noutro partido por um mandato inteiro. Apenas imagine isso.

Associe, então essas duas "idéias".

Agora imagine um parlamentar votando aberto contra a "orientação" de um partido ou liderança, por exemplo o PT. O partido expulsa o parlamentar e ele está políticamente morto.

Você vota "no" político e ele vota "com" o partido. Na política nem tudo que reluz é ouro.

Ricardo Rayol disse...

Cris, essa benevolencia deve ter algo por tras. Nao ficaria surpreso que mesmo votando em aberto eles naõ façam outras manobras para sacanearem a nossa cara

CrissMyAss disse...

Fidelidade partidária não pode obrigar ninguém a votar de cabresto;
Fidelidade partidária seria não usar um partido para se eleger, e mudar de partido conforme a conveniência.
Mas o partido também tem que ser fiel com quem, eleito legitimamente, por voto popular, contribuiu para aumentar a representatividade do partido.

Uma questão difícil mesmo...

Camarada Arcanjo disse...

Você entendeu o problema. A questão fundamental é reintroduzir na "pratica política" o compromisso com a moral, com a ética, e com a verdade.

Dizendo assim pode parecer ingênuo, mas sem reintroduzir esses valores na política simplesmente não haverá solução, porque qualquer recurso, restrição ou controle será burlado, numa caríssima brincadeira de gato e rato (literalmente).

Ou se restaura a moralidade na ação política, por mais antiquado que isso possa parecer, ou não será possível corrigir nada na administração pública, no judiciário ou no legislativo.

Anônimo disse...

companheiro arcanjo, é mais um risco que temos que passar para que nossos netos talvez sintam uma real maturidade como cidadãos e não como "si dá, dane-se"

Camarada Arcanjo disse...

Gugala,

Concordo, depois de você e eu, os nossos filhos e netos junto com os filhos e netos de todos os outros precisarão de um lugar para viver.

Não podemos fugir a esta responsabilidade.

Luis Eduardo Neves disse...

PODER LEGISLATIVO

À santa ignorância popular
eu devo muito mais que mordomia.
Minha fortuna aumenta a cada dia,
moro em apê com vista para o mar.

Sem povo já não sei o que faria.
Meu único talento é legislar.
Trabalho nove meses devagar
mas no recesso é aquela correria.

Pra isso ficam bem acumulados
milhares de projetos na gaveta
a serem duma vez analisados.

Prioritário é o que deu na veneta
de um dos meus colegas deputados:
instituir o dia da punheta.

Anônimo disse...

AGORA SÓ FALTA REMOVER AQUELA IMENSA MANCHA QUE HABITA O PALÁCIO DO PLANALTO...



ô granada de mão!

Anônimo disse...

Talvez se resolva alguma coisa reduzindo tudo a no máximo três ou quatro partidos. É humanamente impossível quase trinta partidos terem idéias e ideais diferentes.
Houve um tempo em que as posições eram bem definidas: a UDN (União Democrática Nacional) era chamada ainda que pejorativamente de "partido dos ricos, dos patrões"; PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) se intitulava o "partido dos pobres"; o PCB (Partido Comunista Brasileiro) tinha suas intenções bem definidas; o PSD (Partido Social Democrático) era o "partido de centro", nem pra lá nem pra cá....
Hoje, quantos partidos têm a letra T no nome? E qual a diferença? Se dois grupos têm, por hipótese, 49 pontos programáticos iguais, mas diferem apenas em um deles já é motivo surgirem dois partidos... e vai por aí.
Um abraço

Camarada Arcanjo disse...

O Nevão é muuuuuito bom. rsrs